Essa animação, produzida pelos estúdios da Pixar, nos dá uma realidade ficcional de como ficaria nosso planeta após anos de vida descartável produzindo tanto lixo que ficaria insuportável a sobrevivência, nos obrigando a ir para o universo, que estava "limpo" ainda. Uma certa empresa, que no filme nos dá a ideia de ser uma grande corporação mundial, vende cruzeiros intergaláticos para os terráqueos com a promessa de que quando voltassem a Terra ela estaria limpa. Aí, entra em cena um robozinho muito simpático e encantador que todos os dias levanta pilhas e pilhas infindáveis de lixo e desenvolve uma relação muito própria com o nosso planeta.
Não vou contar mais para não ser chato estragando as surpresas do filme!
O que vou utilizar para análise é justamente os cruzeiros intergaláticos. Simplesmente os tripulantes não fazem absolutamente nada! Ficam quase que em estado vegetativo com diversos robôs que fazem tudo... Nem andar precisa. O desfecho disso é uma dependência vital das máquinas e uma população totalmente obesa e é esse futuro que me preocupa.
A utilização das tecnologias está associada diretamente a lei do menor esforço. Controles remotos universais, comandos de voz, eletrodomésticos que fazem tudo com apenas um click, enxurrada de informações oferecidas pela internet, entre outros, estão nos tornando ociosos e pouco criativos. O filme vem justamente mostrar a necessidade dessa mudança de atitude por parte dos tripulantes para sobreviverem a eventos ocorridos no cruzeiro. E aí? será que eles conseguem?
Vale a pena conferir essa animação voltada para o publico infantil, que dá um prognóstico muito preocupante do futuro de nossas relações com a tecnologia.